PREFIRO A SEPARAÇÃO

Marta,

Tenho a sensação de que muita coisa irá mudar em minha vida após o isolamento social, estou literalmente esgotada dos insultos do meu marido, estamos a quatro meses confinados dentro de casa pois, somos grupos de risco e não podemos nos expor.

Nos dois primeiros meses nossa convivência foi boa, tínhamos  mais paciência um com o outro, aceitavamos a individualidade do outro, nunca fomos um casal de conversar muito, sempre Ficamos muito afastados em casa, ele num cômodo e eu em outro, ele fazendo as coisas dele e eu as minhas, mas agora a situação está insustentável, ele se tornou um homem ranzinzo, grosso, estúpido e porque não dizer, revoltado, daí você vai me perguntar! Com o quê? Não sei!

Eu tenho a minha profissão e posso me sustentar, assim que tudo isso passar, pedirei a separação, ele ainda não faz ideia, talvez ele pense que serei um saco de pancadas para ela estravazar as raiva dele, pela vida toda! Só que eu não vou me sujeitar a viver dessa forma, tenho minha dignidade.

Tenho assistido os vídeos no seu canal do YouTube, e me choca ver que ainda há mulheres que se sujeitam a homens desse tipo.

Sei que para muitas, é difícil sair de casa, o auto-sustento para as mulheres ainda é bastante complicado, então em troca de casa, comida e segurança, elas permanecem infelizes em seu casamento, mas se não saírem dssa zona de conforto e buscarem sua autonomia, serão mulheres completamente insatisfeitas até a hora da morte.

Será difícil conseguir a separação, meu marido é um homem conservador e acha que casamento é para a vida toda, o que ele não entende é que para que um casamento seja eterno como ele almeja, tem que haver respeito, carinho, consideração cumplicidade e acima de tudo, amor nas atitudes e nas palavras, coisa que ele não tem!

Breve escreverei para você contando como foi a minha separação, porque, ele querendo ou não, estou decidida e partirei assim que houver a primeira oportunidade.

#amoreconflito

A DOR DA PERDA

Quando perdemos alguém que morreu, o tempo vai nos confortando e passamos aceitar melhor ausência da pessoa, mas quando perdemos alguém em vida, a dor é muito grande pois, sabemos que a pessoa está alguns pés de distância mas não podemos toca-la, abraçá-la, olhar para ela e dizer, te amo!

Conflitos são inevitáveis em nossa jornada, por mais que tentemos viver em paz, há sempre aquele momento em que o descontrole vem  e botamos tudo a perder! Falamos coisas para agredir, fazemos coisas para insultar e recebemos também a contrapartida de todos esses insultos, então, nesta troca de ódio, raiva e vingança, só resta a dor, o sofrimento, a decepção, a mágoa, a melancolia, a tristeza e o pior, a vontade de não mais viver.

Mas acreditar no tempo, acreditar que tudo passa, nos fortalece e nos faz erguer a cabeça e esperar até que tudo volta ao normal, talvez não como era antes, mais uma convivência mesmo que curta, porém não havendo a ausência que tanto nos corrói.

O que está feito, está feito! Talvez tentar consertar seja pior, a verdade sempre aparece e a calúnia sempre é desmascarada.

Sejamos como os fortes, que com toda a resignação e paciência, aguardam o julgamento final.